O vereador Alexandre Vasconcellos solicitou a realização de estudos visando a implementação de salas sensoriais para atender alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Corumbá (Reme).
A reivindicação foi feita ontem, segunda-feira, 19, e direcionada à secretária Mabel Marinho Sahib Aguilar, de Educação, tendo em vista que as escolas com espaços de regulação emocional e sensorial, promove a inclusão, bem-estar e melhoria na adaptação escolar.
“O ambiente escolar deve ser um espaço de aprendizagem, convivência e desenvolvimento integral. No entanto, para muitas crianças, especialmente aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH ou outras condições que afetam o processamento sensorial, a rotina da sala de aula pode se tornar um desafio diário”, argumentou.
Lembrou que sons intensos, iluminação forte, aglomeração de pessoas e outras características comuns do ambiente escolar, podem provocar crises, agitação, isolamento e até evasão, e que diante dessa realidade, o projeto Salas Sensoriais nas Escolas Acolhimento, Regulação e Inclusão, surge como uma resposta concreta e necessária.
“A proposta é implantar salas sensoriais nas unidades escolares públicas como espaços de apoio para a autorregulação emocional e sensorial dos alunos, garantindo que eles possam se reorganizar e retornar às atividades pedagógicas com mais equilíbrio e segurança”, disse em sua justificativa.
Ressaltou que esses espaços vão além de uma intervenção terapêutica. “São ferramentas de inclusão real, que contribuem para a permanência escolar, melhorar a convivência, reduzir o estresse tóxico e assegurar que cada estudante seja respeitado em sua individualidade”, e que “criar ambientes preparados para lidar com a diversidade sensorial, promovemos não apenas o acolhimento, mas o direito pleno à educação de qualidade para todos”.
CENSO DEMOGRÁFICO
Na mesma sessão, Alexandre pediu ao secretário de Saúde, Antônio Juliano de Barros, bem como a titular da pasta de Educação, a realização de um censo demográfico específico para levantamento do número exato de crianças diagnosticadas com Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) em Corumbá.
“A realização de um censo demográfico voltado à identificação de crianças com TGD é de fundamental importância para a formulação de políticas públicas eficazes e direcionadas”, afirmou, acrescentando que “dados precisos e atualizados são essenciais para o planejamento e a execução de ações nas áreas da saúde, educação e assistência social, assegurando o atendimento adequado às necessidades específicas dessa população”.
Argumentou que com base nessas informações, será possível dimensionar a demanda por profissionais especializados, serviços de apoio e recursos pedagógicos, promovendo a inclusão e o desenvolvimento integral das crianças com TGD.
“A iniciativa também contribui para a alocação eficiente de recursos públicos, além de fortalecer a rede de proteção e cuidado a essas crianças e suas famílias”, completou.
O requerimento foi assinado também pelos Matheus Cazarin, Marcelo Araújo, Edinaldo Neves, Jovan Temeljkovitch e Yussef Salla.
NA REME
Ao mesmo tempo, o vereador questionou a secretária Mabel Marinho Sahib Aguilar, no sentido de obter informações precisas sobre o número de crianças atualmente matriculadas na Reme, possuem diagnóstico formal de Transtornos Globais do Desenvolvimento. Bem como se recebem atendimento especializado por profissionais capacitados, como professores de educação especial, psicopedagogos, psicólogos, profissionais de apoio escolar, entre outros.
Em caso de não atendimento, Alexandre questionou se há previsão para a contratação desses profissionais visando garantir o suporte necessário aos alunos com TGD.
Nosso objetivo é obter informações precisas sobre o atendimento educacional prestado a alunos com TGD no âmbito da Reme, considerando a importância da inclusão escolar e da garantia de um ambiente educacional adequado às necessidades específicas desses estudantes,
“É fundamental saber se o município conta com profissionais especializados para oferecer suporte pedagógico, psicológico e social a essa parcela da comunidade escolar. A educação inclusiva é um direito assegurado por lei, e a presença de uma equipe multidisciplinar qualificada é essencial para o desenvolvimento pleno e equitativo desses alunos. São informações importantes que subsidiarão ações e políticas públicas voltadas à melhoria da qualidade da educação inclusiva em nosso município”, concluiu.
Texto/Fonte: Assessoria de Comunicação